quinta-feira, 4 de junho de 2009

Censura no lugar errado


Quem não se lembra da censura da jornalista Salete Lemos, que foi demitida por opinar sobre a FEBRABAN(Federação Brasileira de Bancos)?Este caso é apenas um exemplo do absurdo sobre nós jornalistas, afinal ser censurado por ver fatos inacreditáveis sobre nosso país e ter que enfrentar câmeras para falar algo que aparenta não estar acontecendo, realmente é o fim da história em nossa profissão.
Será que ainda vivemos em plena ditadura militar? Pelo menos é o que demonstra para nós quando não temos liberdade de expressão. Logo podemos observar que toda mídia está cada vez mais eletrônica, afinal se manifestar pelo o que vemos ao nosso redor está sendo quase tão errado quanto um crime com penalidade máxima.
Imaginamos até quando vamos ser censurados e nos perguntamos se um dia nos veremos livres para expor esses escândalos que nos deparamos em uma sociedade que se diz totalmente justa com meio de repreensão.
Em contrapartida nos últimos dias vimos a divulgação de um ato muito curioso:livros com conteúdo impróprio para crianças foram distribuídos nas escolas públicas sem o menor constrangimento pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Enquanto programas de utilidade publica são severamente censurados a educação do país é tratada com descaso, e isso só tende a refletir no futuro do país. Infelizmente esse problema é decorrente de muito tempo no Brasil. Na época de Getúlio Vargas, onde havia muita repressão a imprensa, o problema tinha inicio na formação escolar. Esses casos nos fazem analisar os motivos da censura e buscar as saídas para a completa LIBERDADE.

Por:Alexandre Gama e Oscar Clemente

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Juventude controversa



No último dia 19, foi lançado o novo cd do Manic Street Preachers, “Journal for plague lovers”, ele foi proibido de ser vendido em quatro supermercados na Inglaterra, pois sua capa foi considerada ofensiva. Sim ofensiva, não existia conteúdo impróprio para menores ou nada do gênero, apenas uma pintura da artista britânica Jenny Saville, de um menino em tons avermelhados, que a censura alega dar a impressão de ter sido esmurrado.
Na segunda-feira o programa MTV na rua fez uma matéria sobre capas de CDs e mencionou o caso da censura do cd do Manic na Inglaterra, em certa altura do programa a apresentadora Penélope fez uma enquete via SMS (mensagens de celular) que questionava o público a respeito dessa censura. O resultado foi surpreendente, 63% dos jovens que assistem ao programa eram a favor da proibição da venda do cd. A apresentadora ficou até sem reação, e é de se ficar. O público que assiste ao programa é jovem, o mesmo que ouve a banda, e estes votaram contra a liberdade de expressão. Isso não faz sentido. Será que os jovens brasileiros ficaram tão incultos ao ponto de olharem para uma obra de arte e a julgarem desse modo esdrúxulo, assim como os ingleses a julgaram?
O vocalista da banda, James Dean Bradfield, disse que os supermercados podem ter nádegas brilhantes e armas em capas de revistas, mas ter uma peça de arte vai enlouquecer seus consumidores. Parece que pelo menos questioná-los já conseguiu.


Por:Ana Carolina Barella.
Imagem: www.theskinny.co.uk

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Uma parada para falar da crise...

É impossível neste momento "histórico" deixar de lado a crise econômica mundial de lado para falar apenas de historia do jornalismo, o mundo vive hoje uma mudança que também faz parte da historia da comunicação, da imprensa, do jornalismo diário não só econômico, mas de ideias e claro de novas ideias. Se no passado onde tudo praticamente começou os ideais de Igualdade, Fraternidade e Liberdade da Revolução Francesa levantaram a bandeira da liberdade de expressão e com ela o surgimento brutal da censura para impedir a difusão de tantas idéias hoje, nossos jornais lutam exatamente pelo que?

Vivemos uma pressão mundial em relação a um capitalismo falido residente no país que mais usufruiu deste sistema, o famoso U.S.A, e para resolver tal problema os mesmo “jornais” que um dia já lutaram por mudanças colocam um homem, apenas um homem, como salvador.Apóiam-se em quebra de paradigmas para sustentar e justificar sua posição enquanto aqui no Brasil tudo que vemos, ou melhor pouco sabemos, são a enormes trapalhadas da Câmara dos Deputados,diretores de garagem no Senado;um pouco de tudo divulgado e nada resolvido.

Se em tempos de censura talvez bem mais radical, a difusão de ideias e a luta por mudanças eram mais significativas, porque hoje tudo “o que não vemos” é apenas divulgado, a liberdade de expressão existe, mas o posicionamento e a opinião ainda são ferramentas que poucos querem usar.É inevitável diante de uma necessária mudança mundial deixar minha opinião de lado sobre o que a imprensa faz , penso que o pior não é usar quebra paradigmas ou informar o que se passa com a política, mais sim a falta de debates de idéias e de questionamento dos que recebem e fabricam a informação.

Por: Lilian Andrade

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Liberté, egalité, fraternité-Pero no mucho!

"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias."
A frase de Pablo Neruda só se torna apta ao jornalismo durante a Revolução Francesa, quando surge a necessidade de ir além dos serviços prestados; inicia-se então o auge do jornalismo de ideias.

A nova maneira de fazer jornalismo favoreceu a relação entre jornalista e leitor, este percebeu que quem escrevia buscava lhe passar tudo que sabia e achava necessário. O jornalista queria formar uma opinião pública mais correta e consciente.

Um dos lemas da Revolução, a Liberdade, foi implantada no jornalismo nesta mesma época, e parece que fez sucesso. Só de 1789, o ano que deu início à revolução, até 1797 cerca de mil novos títulos apareceram; eram panfletos, folhetos, periódicos entre outros. Porém, assim como hoje essa liberdade era muito complexa e contraditória.

Houve uma divisão política entre girondinos, que eram a elite e os jacobinos, que representavam as classes mais pobres (inclusive os jornalistas); a liberdade era defendida pelos jacobinos. Foi aprovada, em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que entre seus artigos se contradizia, o que demonstrava que a liberdade não era total.Os jornais que iam contra o sistema monárquico eram censurados. Robespierre, mesmo sendo líder jacobino, exerceu censura e criou a lei de suspensão dos escritos (1793). Por causa dessa lei muitos jornalistas morreram ou tiveram sua obra destruída.

Marcondes Filho disse que: “O jornalismo é filho legítimo da Revolução Francesa” porém, não seria incorreto dizer que essa Revolução só se desenvolveu graças ao impulso do jornalismo. Esse novo jornalismo também cria dúvidas sobre a imparcialidade. Se ela realmente existe no jornalismo, não é em seu significado mais literal; o jornalista até pode deixar de expor sua opinião em um texto, mas a partir do momento que escolhe um tema para dissertar está sendo parcial.

Por:Eliria Buso e Ana Carolina Barella
Ilustração:Alexandre Gama

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Entulho autoritário


Restringir? Inibir? Realmente alcançamos a liberdade de expressão? Bem no fundo do armário tinha algo podre, cheirava a repressão. E achávamos que estávamos livres em pleno século XXI...
Em 1967, um dos anos de chumbo, foi vigorada uma lei que se encontra até os dias de hoje: A lei de imprensa. Ela fere a constituição de 88 pois é totalmente antidemocrática e anacrônica, punindo de forma dura os jornalistas.
A lei é discutida até hoje, e essa semana teve início um julgamento que projeta o seu fim. O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) assina a ação a favor do fim da lei, que se mostra mais severa que o próprio código penal. Para a calúnia, a lei de imprensa prevê no máximo pena de três anos de detenção, enquanto o código Penal prevê dois; para a difamação, a lei estabelece 18 meses, e o código, um ano. De seus 77 artigos 15 já foram suspensos.
Evidentemente retrógrada as expectativas são de a lei cair, porém o Supremo Tribunal Federal adiou por tempo indeterminado a retomada do julgamento. Está em pauta também se os jornalistas devem ou não ter diploma para exercer sua profissão.
fonte : estadao.com.br

Por:Ana Carolina Barella

NOTA:
STF DERRUBA LEI DE IMPRENSA
30/4
O Supremo Tribunal Federal considera inconstitucional a Lei de Imprensa, uma das últimas remanescentes da ditadura militar. Os ministros consideraram o texto incompatível com a democracia e a Constituição. Agora, profissionais da mídia que cometerem abusos serão julgados pela legislação comum. Com a Lei de Imprensa, as penas de detenção eram mais rigorosas que as estabelecidas no Código Penal. O principal debate foi em torno do direito de resposta, previsto na lei revogada. No entanto, a maioria dos ministros entendeu que ela deveria ser derrubada integralmente. Há um projeto em tramitação no Congresso para regulamentar esse direito.(jornal O Estado de São Paulo)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

É útil, mas foi censurado!


O jornalismo de serviços vem sendo considerado o salvador do futuro jornalístico, talvez pelo fato de que cada vez mais as pessoas tendem a praticidade, e o mesmo nos traz isto. E vende jornais. Mas e o lado cultural e idealista do jornalismo não fará falta às próximas gerações da sociedade? Ele é chamado pelos críticos de superficial, e apontado como fonte que alimenta o consumo, porém continua ganhando cada vez mais espaço no jornal.

Tendo seu início pela necessidade do homem de interagir com o que acontece em sua volta, o jornalismo de serviços evoluiu junto com o sistema capitalista e mesmo com o surgimento das ideias no jornal resistiu ao tempo. Na atual sociedade ninguém vive sem as informações úteis ao cotidiano que recebem dos serviços; são empregos conquistados, casas compradas, vestibulares prestados a partir de leituras diárias.

Mesmo favorecendo tanto a sociedade, o jornalismo de serviços não deixou de receber a censura. Algumas prestações de serviços não são bem vistas por quem está no poder e acabam sendo manipuladas. Exemplo recente disto aconteceu na TV Câmara, onde é transmitido o programa jornalístico chamado Comitê de Imprensa, que em uma das edições deste mês discutia o caso Satiagraha.

O programa tem formato de debate, dois jornalistas são convidados, neste caso Leandro Fortes repórter da Carta Capital e Paulo José da Cunha do Globo. Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, teria telefonado para Michael Temer, presidente da câmara e misteriosamente o link para acesso do site da TV câmara fora retirado do ar, assim como as reprises do programa. O ministro Gilmar Mendes foi citado no Comitê de imprensa e não ficou nem um pouco feliz com os comentários feitos ao seu respeito. Censura? Manuel Roberto Ceabra, diretor da emissora diz que as acusações contra Gilmar Mendes se tornaram “pessoais” e “ofensivas” sempre negando a possibilidade da TV Câmara ter censurado o programa.


O programa do dia 13 de março está de volta no site, graças a todo alvoroço que Leandro Fortes fez, para quem quiser conferir colocamos o link do Comitê na íntegra: http://imagem.camara.gov.br/internet/midias/arquivo.asp?nome=tvcacomite20090313-001-wm.100.wmv&endereco=TV%5C2009%5C03/&tipo=application/xxxx

Colocamos aqui um trecho do programa que teria sido o motivo para Gilmar Mendes censurá-lo:


Por:Ana Carolina Barella e Eliria Buso


segunda-feira, 30 de março de 2009

A censura camaleônica


A ideia de imprensa surge com o inicio do capitalismo dentro do sistema mercantilista, já que havia necessidade de divulgar as informações sobre esse sistema. Posteriormente com o surgimento das cidades, a imprensa tornou-se um meio de difusão de ideias além das informações e a censura desde então já existia. Era uma forma de privar a sociedade de acontecimentos, fatos ou simplesmente distorcer uma realidade.

Através deste blog vamos mostrar a presença da censura no jornalismo brasileiro e como ela afeta diretamente a sociedade, apontando as diferentes formas de manipular o trabalho do jornalista ou de impedir que ele informe seu público da maneira correta. O objetivo não é criticar determinado período histórico como, por exemplo, a Ditadura Militar, até porque a censura não é específica e nem foi encerrada. Ainda há hoje nas modernas redações das diversas mídias o corte de uma imagem polêmica, a “queda” de uma pauta por ir contra o manual da redação, e muita (mas muita mesmo) manipulação da realidade.

A ética profissional é a nova camuflagem da censura. Quem não acha bonito se falar em ética?Já censura é palavra exilada do dicionário do brasileiro. Calar o repórter hoje, não significa prender um militante, mas sim cessar o direito do cidadão a toda e qualquer informação.

Uma palavra é capaz de criar barreiras, abafar opiniões e discussões que com certeza poderiam explicar o modo como a sociedade brasileira se porta e opina diante da verdade, isso é o reflexo de um passado de simples aceitação do que se escreve, diz ou mostra em qualquer meio de comunicação. Seja nos classificados ou na economia, quem busca informação merece recebê-la com qualidade e principalmente veracidade.

Por:Eliria Buso e Lilian Andrade