"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias."
A frase de Pablo Neruda só se torna apta ao jornalismo durante a Revolução Francesa, quando surge a necessidade de ir além dos serviços prestados; inicia-se então o auge do jornalismo de ideias.
A nova maneira de fazer jornalismo favoreceu a relação entre jornalista e leitor, este percebeu que quem escrevia buscava lhe passar tudo que sabia e achava necessário. O jornalista queria formar uma opinião pública mais correta e consciente.
Um dos lemas da Revolução, a Liberdade, foi implantada no jornalismo nesta mesma época, e parece que fez sucesso. Só de 1789, o ano que deu início à revolução, até 1797 cerca de mil novos títulos apareceram; eram panfletos, folhetos, periódicos entre outros. Porém, assim como hoje essa liberdade era muito complexa e contraditória.
Houve uma divisão política entre girondinos, que eram a elite e os jacobinos, que representavam as classes mais pobres (inclusive os jornalistas); a liberdade era defendida pelos jacobinos. Foi aprovada, em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que entre seus artigos se contradizia, o que demonstrava que a liberdade não era total.Os jornais que iam contra o sistema monárquico eram censurados. Robespierre, mesmo sendo líder jacobino, exerceu censura e criou a lei de suspensão dos escritos (1793). Por causa dessa lei muitos jornalistas morreram ou tiveram sua obra destruída.
Marcondes Filho disse que: “O jornalismo é filho legítimo da Revolução Francesa” porém, não seria incorreto dizer que essa Revolução só se desenvolveu graças ao impulso do jornalismo. Esse novo jornalismo também cria dúvidas sobre a imparcialidade. Se ela realmente existe no jornalismo, não é em seu significado mais literal; o jornalista até pode deixar de expor sua opinião em um texto, mas a partir do momento que escolhe um tema para dissertar está sendo parcial.
Por:Eliria Buso e Ana Carolina Barella
Ilustração:Alexandre Gama
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Como citado no texto, é impossível um jornalista escrever um texto sem ser parcial, o nosso problema é saber adequar essa parcialidade as nossas editorias.
ResponderExcluirE associando a frase do Pablo Neruda a discussão atual sobre a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista, qualquer um pode escrever "é fácil", porém é necessário muito mais do que saber o português para expor as suas idéias em um veículo de comunicação que influenciará tantas pessoas, e é o "muito mais" que a universidade ensina. Portanto "ecrever é fácil", a responsabilidade do que você publica não é!
Blog continua muito bom..
parabens!
Bjinhuss =*
Texto muito bom!
ResponderExcluirTambem sou daquelas que não acredita na imparcialidade do Jornalismo :)
beeijos :*
Jak - Blog Terceira Visão